Pamplona e Honjoya Advogados

suspensão da pejotização pelo STF

Suspensão da pejotização pelo STF: análise do advogado Miguel Ruiz

No dia 14 de abril, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de todos os processos em andamento que envolvem a pejotização das relações de trabalho. A decisão, que afeta diretamente empresas e trabalhadores, foi tema de entrevista do advogado Miguel Ruiz, diretor do escritório Pamplona e Honjoya, ao programa Bastidores CNN.

O que significa a suspensão dos processos de pejotização?

De acordo com nosso diretor, Dr. Miguel Ruiz, a medida do STF visa uniformizar o entendimento jurídico sobre a contratação de pessoas jurídicas por empresas — prática conhecida como pejotização. Atualmente, decisões divergentes em diferentes tribunais geram insegurança, tanto para empregadores quanto para trabalhadores.

A Justiça do Trabalho pode perder competência sobre o tema?

Durante a entrevista, o advogado alertou para um ponto preocupante. O ministro Gilmar Mendes sugeriu transferir parte dos processos trabalhistas para a Justiça comum. Contudo, para Ruiz, essa ideia representa um risco à proteção dos direitos trabalhistas.

“A Justiça do Trabalho é a mais técnica e especializada para analisar relações de trabalho. Tirar dela essa competência é um risco para o trabalhador e para o equilíbrio das decisões”, afirmou.

Pejotização reduz custos para empresas, mas afeta os direitos do trabalhador

Segundo Ruiz, é fato que a pejotização diminui encargos para empresas, como INSS, FGTS e Imposto de Renda. No entanto, o trabalhador muitas vezes aceita o contrato como PJ por necessidade e não por opção. Isso configura uma relação desigual.

“A parte hipossuficiente, que é o trabalhador, acaba sendo compelida a aceitar um contrato de PJ, mesmo quando deveria ter vínculo de emprego”, explicou o especialista.

Qual o futuro da pejotização no Brasil?

O advogado reforçou que nem toda contratação como PJ é ilegal. Existem situações legítimas. Por isso, o Judiciário deve avaliar cada caso com base na primazia da realidade, princípio que valoriza o que ocorre na prática, e não apenas o que está no contrato.

“É preciso verificar caso a caso. Existem contratações legítimas por PJ, mas também há muitas fraudes. O Judiciário deve manter o foco em garantir justiça social”, concluiu.

A suspensão dos processos de pejotização pelo STF representa um marco para o Direito do Trabalho no Brasil. A análise do nosso Diretor, o Dr. Miguel Ruiz, referência na área, ajuda a esclarecer os efeitos e os possíveis desdobramentos dessa decisão. O escritório Pamplona e Honjoya segue acompanhando o tema de perto para oferecer orientação jurídica especializada a empresas e trabalhadores.

Assista a entrevista completa aqui.

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